Para mim, como editor, 2009 foi um ano morto. Confesso que já nem percebia o quanto me faz falta não estar a trabalhar nas obras (como diriam na Oficina do Livro) e quero voltar ao activo o quanto antes.
Contudo e fora esse ângulo, 2009 foi um ano de concretização de mudanças. Ao contrário do que se diz por aí, creio que a qualidade e polifonia da edição no nosso país melhorou, quem passar uma vista de olhos pelos escaparates e evitar as escolhas fáceis e capas gritantes da fast-literature, verá que muitas editoras estão a melhorar catálogos e trabalhar numa perspectiva não tão imediatista. Continuamos ainda assim a publicar livros a mais para o público que temos.
Decidi pois que, durante este periodo que espero seja apenas um interregno na minha profissão, deveria passar a barricada para o lado de lá. Assim e pela primeira vez em mais de 12 anos vou olhar para o que os outros fizeram e eleger os meus livros do ano. Não é que não olhe normalmente para o que fazem os outros editores, é que nesta altura do ano estou geralmente a conversar com os jornalistas e críticos, relembrando os livros que a minha editora publicou para que sejam incluídos (ou não) nas escolhas de Natal ou nas do Ano literário.
Assim ao longo de algumas entradas do blogue nos próximos dias vou deixar os meus destaques e os meus motivos. Claro que não sei tudo o que foi publicado, algumas coisas escaparão certamente, mas também costumam escapar aos jornalistas e eles estão (ou devem estar) a par de tudo quanto acontece na sua área...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário