O ano viu a crise apertar. A meio dele escrevi um texto em que perguntava se nos aproximavamos do fim da edição tal como a conhecemos. Continuo a achar que sim caso não sejam tomadas medidas sérias pensadas e conhecedoras.
Contudo, a nível editorial propriamente dito, este ano, ainda mais que os dois anos anteriores, viram a qualidade das escolhas a esmerar-se. Infelizmente - e cada vez mais - desacompanhada da qualidade das traduções
Não estive tão atento ao ano editorial devido às flutuações do meu próprio momento profissional portanto as escolhas que faço são feitas com base em notas que fui tomando, certamente incompletas. Mas não são as escolhas anuais de qualquer pessoa, mesmo um crítico, limitadas? - incapaz que é de ler tudo e estar a par de tudo? Pelo meu lado, ainda assim, admito ter estado menos atento que em anos anteriores.
Assim e desde já, sem qualquer ordem de preferência:
1 - Memória do fogo (vol.1), de Eduardo Galleano (Livros de Areia)
2 - Poesia completa, de Manoel de Barros (Caminho)
3 - Ferdydurke, de Witold Gombrowicz (7 nós)
4 - Viver no Fim dos Tempos, de Slavoj Zizek (Relógio d'Água)
5 - Prosas Apátridas, de Julio Ramon Ribeyro (Ahab)
6 - Madrugada na tua alma, de Gabriel Magalhães (Aletheia)
7 - A História Não Acabou, de Cláudio Magris (Quetzal)
8 - Canções Mexicanas, de Gonçalo M. Tavares (Caminho)
9 - Puta Que os Pariu! A Biografia de Luiz Pacheco, de João Pedro George (Tinta da China)
10 - O Mundo de S J Perelman, de S.J. Perelman (Tinta da China)
11 - Caminhar no Gelo, de Werner Herzog (Tinta da China)
12 - Argumentos Para Filmes, de Fernando Pessoa (Ática)
13 - América, América, de Jorge de Sena (Guimarães Editores)
14 - Vieram como andorinhas, de William Maxwell (Sextante)
15 - A verdadeira história do bandido Maximiliano, de Jacinto Rego de Almeida (Sextante)
16 - A Escavação, de Andrei Platónov (Antígona)
17 - A Livraria, de Penelope Fitzgerald (Clube do Autor)
18 - Pornopopeia, de Reinaldo Moraes (Quetzal)
19 - Purga, de Sofi Oksanen (Alfaguara)
20 - Ondina, de La Motte-Fouqué (Antígona)
21 - Contos Completos (1947-1992), de Gabriel García Márquez (Dom Quixote)
22 - Garman & Worse, de Alexander Kielland (Eucleia)
23 - Os Buddenbrook, de Thomas Mann (Dom Quixote)
24 - O Chalet da Memória, Tony Judt (Edições 70)
25 - O Sentido do Fim, Julian Barnes (Quetzal)
26 - A Viagem de Felícia, William Trevor (Relógio d'Água)
27 - Amor e Verão, de William Trevor (Relógio d'Água)
28 - Lérias, de Miguel Martins (Averno)
29 - A arte de chorar em coro, de Erling Jepsen (Eucleia)
30 - Identidade e conflito, de Fernando Esteves Pinto (Lua de Marfim) - igualmente vencedor da pior capa do ano
31 - A Magia dos Números, de Yoko Ogawa (Quetzal)
32 - Memórias de um morto, Hjalmar Bergman (Eucleia)
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