Quem conta tais contos?


Lembrar-se-ão alguns da Cláudia Clemente cujo livro de estreia, «Caderno Nergro» (2003), foi louvado pela crítica como obra revelação de um grande novo talento. Após a publicação desse livro a Cláudia, poli-artística, dedicou-se a outras artes e outros vôos - apesar de ter continuado a publicar contos em diversas revistas e antologias.

Coincidiu com a minha chegada a esta casa que a Cláudia tivesse decidido voltar a publicar. E assim surgiu este «A Fábrica da Noite» que retoma o percurso de escrita de uma grande autora.

Mantém muito do ambiente fantástico que cruzava os seus primeiros contos mas a escrita evoluiu. Agora é mais abrangente. Há contos para todos os gostos mas o estilo é único e a atmosfera é minuciosamente construída com uma oncisão ímpar, sejam os contos eróticos, fantásticos, quase detectivescos ou frescos de cantos alternativos da nossa realidade. 

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