Livros do Ano 2012 (III)



Continuo a divulgar a minha lista. Valem as notas deixadas nas entradas anteriores.

1 - Contos completos, de Lydia Davis (Relógio d'Água)

Comecei a publicar a Lydia Davis na Ulisseia  com o «Break it down - demolição». Conheci a autora por culpa do José Luís Peixoto que ma tinha recomendado há uns anos valentes. É sem dúvida nenhuma uma das melhores contistas contemporâneas de língua inglesa.

2 - A Mulher Que Tentou Matar o Bebé da Vizinha, de Liudmila Petruchévskaia (Relógio d'Água)  

Um dos melhores livros de contos do ano publicados em Portugal. Antologia de anos de escrita em torno de temas e realidades tabu de uma União Soviética. Forte, muito forte. Muito bom. (engraçado nessa força o paralelo com alguns contos da Lydia Davis)

3 - Arturo, de Davide Cali e Ninamasina (Bruaá)

Que dizer... Olha-se, folheia-se e percebe-se o porquê da escolha, acho eu.

4 - Rómulo de Carvalho/António Gedeão - Príncipe Perfeito, de Cristina Carvalho (Estampa)

A Cristina Carvalho, filha do Rómulo de Carvalho e também ela escritora, dá-nos o retrato muito pessoal de uma das figuras mais marcantes do século XX português.

5 - A forca, de Joe Abercrombie (Asa)

Esta escolha é para os fanáticos da fantasia. Não li a tradução do segundo volume da trilogia do Joe Abercrombie (aliás li-os todos em inglês). Abercrombie é o melhor escritor actual de fantasia - na minha opinião - e os seus livros apresentam um mundo onde se cruzam as principais correntes da fantasia próximas dos estereótipos clássicos. Aliado a tudo isso uma mestria nos diálogos à altura de George R. R. Martin e um sentido de humor britânico e muito muito negro que não deixam o leitor deixar de rir às gargalhadas nos mais terríveis momentos de acção.

6 - A química das lágrimas, de Peter Carey (Gradiva)

Peter Carey é um dos meus autores de eleição e ainda está para vir um livro seu que não me prenda. Mais uma vez aqui, Carey joga com a ficção, a história e a escrita como poucos.

7 - Conde Ferreira & C.ª - Traficantes de escravos, de José Capela (Afrontamento)

Imagino que a origem deste livro tenha sido uma tese mas quer a temática quer o tratamento são extremamente interessantes e servem para deixarmos de lado muito do nosso passado cor-de-rosa pintado por anos de ancient régime.

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