Livros do Ano 2012 (I)


Aqui seguem os primeiros 7 títulos que fazem parte da minha lista de Livros do ano 2012. A ordem e numeração não representam qualquer tipo de gradação (salvo no número 1).


1 - A lebre de olhos de âmbar, de Edmund de Waal (Sextante)

Um livro que eu queria muito publicar. Tinha-o há uns anitos já nas minhas listas. Pessoalmente é o meu livro do ano.
Sendo uma memória pode ler-se igualmente como um romance, uma notável saga familiar, uma história da Europa nos últimos 150 anos, uma história dos gostos, costumes e ideias no mesmo período, um retrato de um mundo perdido.
Um livro inimitável que recebeu o prémio Costa (antigo Whitebread) na categoria de Biografia. Imperdível.


2 - O Colecionador de Mundos, de Ilija Trojanow (Arkheion)

Richard Burton (o explorador, não o actor) é uma das figuras que sempre me fascinaram. Um filho de uma época que tudo fez para nela não se incluir, para fugir aos espartilhos de uma sociedade victoriana que impelia quem não quisesse fazer parte dela a partir mundo fora escondendo-se nos cantos mais exóticos de um império onde o sol não se punha. Este é um retrato possível de Burton, literariamente magnífico, soberbamente investigado e construído.


3 - Sándor Márai, A Ilha (Dom Quixote)

Magnífico como todos os Márais. Um grande romance em mais uma tradução excelente da Piroska Felkai.


4 - Fernando Pessoa, Prosa de Álvaro de Campos (Ática)

Um dos livros do ano a nível mundial numa edição impecável. Parabéns a esta nova Ática e à equipa comandada pelo Jerónimo Pizarro.


5 - George Steiner, A poesia do pensamento (Relógio D'Água)

Mais um Steiner de perder o fôlego. Uma história das ideias e das palavras que lhes dão forma e da forma que essas palavras por vezes assumem.


6 - Jaroslav Hasek, O bom soldado Svejk (Tinta-da-China)

Depois de anos de apenas termos uma versão retalhada a machado, a versão integral de um dos clássicos europeus mais importantes com a vantagem de uma tradução do original feita pelo Lumir Nahodil. Este é um romance incontornável.


7 - António Barahona, Maçãs de Espelho (Língua Morta)

Provavelmente (outra vez) Barahona leva a distinção de livro do ano de poesia.

Mais livros do ano em breve...

1 comentários:

pedro disse...

Que grande lista! Para mim, seria uma lista de desejos. Mas é realmente notável.

Fico à espera da 2ª parte

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