A E-primatur é a primeira face (e fase) de um projecto que creio ser totalmente revolucionário no panorama editorial nacional.
O conceito que lhe está associado é simples: neste país e um pouco por todo o mundo, ouve-se sempre a justificação de uma editora para publicar o livro X ou para não publicar o livro Y ser atribuída "ao mercado".
Acontece que "o mercado" são os leitores e, que eu saiba, os leitores não são nunca ouvidos sobre o que há de se publicar.
Na realidade as editoras trabalham por estatísticas que dizem que os livros do género Z vendem mais dos que os do género W. Mas esta situação é uma pescadinha-de-rabo-na-boca porque os livros do género Z têm sempre mais exposição e destaque que o género W. E se fosse ao contrário? Não podemos saber e as editoras e livrarias não arriscam para o descobrir.
A E-primatur deixa a escolha dos títulos aos leitores através de um sistema de crowdpublishing (a vertente do financiamento colectivo ou crowdfunding para a área da edição). Assim, num sistema misto, parte dos custos é suportado pela editora mas a decisão final é dos leitores ao fazerem doações que podem permitir a viabilização da edição.
Quem tiver feito uma doação, receberá, terminado o prazo com sucesso, um exemplar sem quaisquer custos adicionais e a doação que fez corresponde latamente a 2/3 do PVP que o livro terá. (Se o processo se concluir sem sucesso, o dinheiro será devolvido por inteiro.)
Mas queremos ir mais longe: no primeiro ano e por motivos óbvios, o programa é preparado pela equipe editorial do projecto, mas queremos que, ao longo desse primeiro ano de actividade, os leitores nos dêem as suas ideias e sugestões. No futuro queremos um catálogo construído a pelos editores e pelos leitores dando, assim, ainda mais voz ao mercado.
Daqui a umas semanas abrirá a segunda fase deste projecto, a BookBuilders sobre a qual escreverei depois.
Para já fica o convite: venha construir esta editora connosco.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário