Gostaria que, de uma vez por todas, os portugueses acordassem. Vamos
votar nas eleições autárquicas, isso significa votar em quem gere o
pedaço de país em que vivemos. E é esse pedaço de país que aqui está em
causa.
Quem vai votar para dar recados políticos, quem vota
para dar força ou quem vota contra, está a léguas de perceber o que é a
democracia.
Está na hora de o português
começar, de uma vez por todas a votar em quem faz um melhor trabalho. E
se não sabe nada sobre o que fez o seu/a sua presidente de junta ou de
câmara, não vote. Eu, pelo menos, não quero que alguém decida sobre quem
vai mandar no pedaço de país onde vivo só porque sim ou porque não, ou
pelo nome ou pela bandeira, ou pela fotografia medonha ou pelo cartaz
idiota. Se, como a maior parte dos portugueses, quer lá saber o que
fizeram ou andam a fazer as juntas e as câmaras municipais, NÃO VOTE.
Pela minha saúde.
Garanto-lhe que estas eleições não vão mudar o
rumo do país, não vão aliviar as suas dificuldades, a carga de impostos
ou seja o que for. Nunca aconteceu antes, não vai ser agora.
E
os radicais votadores contra o partido X ou a favor do partido Y, por
favor abstenham-se. São geralmente quem mais grita pelos valores
democráticos sem saber nada sobre tudo isto. Fiquem em casa que está
mais quentinho e confortável e distribuam frases lapidares via Facebook
que o mundo inteiro pode ler-vos - até a CIA! - e essas opiniões
conhecedoras do todo e desconhecedoras da parte continuarão a ditar os
destinos do país nas eleições que têm esse fim em vista. Mas mais uma
vez provam que o sistema nunca há-de mudar pois quem ignora o que se
passa no seu pedaço de país, ignora o trabalho concreto e fácil de
constatar de quem, perto de si, trabalha bem ou mal, apoiando esse
sistema cego em que quem chega lá acima nunca passou pelo trabalho
concreto junto das populações.
Eu, por exemplo apoiaria
certamente o meu ex-presidente da junta que infelizmente não pode
continuar a candidatar-se, a correr pela câmara e se estivéssemos num
estado democrático de pessoas informadas e interessadas, as gentes do
meu município teriam trocado informações entre si e saberiam que o
presidente da junta X ou Y fez um excelente trabalho votariam nele na
corrida a uma câmara. E talvez daqui a uns anos a um cargo superior. Mas
como estamos no país das maravilhas, o meu futuro ex-presidente de
junta, provavelmente vai afastar-se ou irá para outra junta. E quem
manda nisto tudo continuará a ser um idiota que nunca fez nada por
ninguém salvo por si mesmo, mas tem muitos amigos e fez muitos favores e
fará muitos mais.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário